Privado: Cleide Elias de Araújo
25/10/1943 09/11/2024
Dono Cleide, Cleide da loteria, Mamãe, a senhora sempre estará em nossos corações, todos os dias das nossas vidas!
Cleide: Uma História de Luta, Orgulho e Inspiração
Nossa querida mãe, Cleide, partiu deste mundo — e a saudade tem sido uma constante em nossas vidas desde então. Mas junto com essa saudade, carregamos um imenso orgulho pela mulher que ela foi. Sua trajetória é daquelas que merecem ser contadas e recontadas, não apenas pela força que teve, mas pelo exemplo que deixou.
Dona Cleide nasceu e viveu em Abaeté, uma cidade que conheceu muito bem a sua garra. Desde cedo, ela enfrentou a vida com coragem. Começou trabalhando com o que havia disponível: criando e cuidados de porcos em sua casa, passando noites e noites sem dormir para a porca não dormir sobre os leitãozinhos. Era um trabalho difícil, exigente, mas que ela abraçou com dignidade. Nunca reclamava — ao contrário, fazia tudo com amor e responsabilidade, porque entendia que cada passo, por mais simples que fosse, a levava mais perto dos seus sonhos.
Com o tempo, surgiu uma oportunidade para trabalhar como funcionária na casa lotérica da cidade. Foi ali que sua dedicação floresceu ainda mais. Dia após dia, a futura Cleide da loteria, como futuramente seria conhecida por todos, mostrava que era muito mais do que uma funcionária: era uma mulher incansável, honesta e cheia de brilho próprio. Quem passava por lá sabia que podia contar com ela para tudo, e foi assim que ela conquistou o respeito e a admiração de tantos.
Mas o que torna sua história ainda mais inspiradora é o que veio depois. Cleide, com o mesmo esforço que sempre a guiou, conseguiu realizar um sonho enorme: comprou a lotérica onde antes era empregada. Sim, aquela mulher batalhadora que cuidava de porcos se tornou uma empresária reconhecida e respeitada em toda Abaeté.
Ela sentia um imenso orgulho ao perceber o quanto as pessoas a admiravam — não apenas pelo sucesso, mas principalmente pela sua essência: trabalhadora, determinada, sempre de coração aberto e com um sorriso sempre no rosto. Apesar de muito rigorosa, tanto com os filhos e funcionários, era impossível não gostar dela, impossível não se inspirar nela.
E o mais impressionante é que esse espírito guerreiro nunca se apagou. Mesmo nos seus últimos dias de vida, quando já enfrentava dificuldades com a saúde, seguia trabalhando 12 horas por dia. Isso porque ela nunca soube fazer nada pela metade. Entregava-se por completo ao que amava — sua família, seu trabalho, sua missão de vida.
Mamãe nos deixou aos pedaços com sua partida, por ser sempre o nosso porto seguro, mas sua presença continua viva em cada lembrança, em cada gesto de carinho que ela espalhou por onde passou. A história dela não termina aqui. Enquanto houver alguém para lembrar, contar e se inspirar em sua caminhada, Dona Cleide, Cleide da loteria ou apenas Cleide, continuará viva — como um exemplo eterno de que, com trabalho, fé e coragem, tudo é possível.
Com amor, seus filhos e marido! A saudade será eterna!